Como levar seu pet para um viagem internacional sem passar perrengue!

11/22/20244 min read

Muitos brasileiros que têm o costume de viajar para o exterior se deparam com uma dúvida: como eu poderia levar meu animal de estimação?

Viajar com seu pet é possível SIM mas envolve um planejamento e atenção a certos requisitos considerando o destino da viagem.

Para o destino internacional no continente europeu, como Portugal, Itália e/ou Alemanha há uma série de exigências legais e sanitárias que garantem a entrada segura do animal. O primeiro passo é:

1. Passaporte para animais (Pet Passport)

Na União Europeia, o passaporte é o documento oficial que reúne todas as informações sobre o animal de estimação, como os dados de vacinação, exames e tratamentos antiparasitários. Esse passaporte deve ser emitido por veterinários credenciados e contém informações importantes para o trânsito do animal entre os países europeus.

No Brasil apesar de não haver um "passaporte" oficial, é necessário levar um conjunto de documentos que cumpra as mesmas exigências do passaporte europeu.

2. Microchip de identificação

Um dos requisitos básicos é a colocação de um microchip de identificação no animal. Esse dispositivo é essencial para a identificação do pet e deve estar em conformidade com o padrão utilizado internacionalmente.

Quando instalar o microchip? Antes de qualquer procedimento, como a vacinação contra a raiva. Se a vacina for aplicada antes do microchip, poderá ser necessário revacinar o animal. As demais dúvidas poderão ser sanadas com o veterinário de confiança do seu pet.

3. Vacinação contra a raiva

A vacinação antirrábica é obrigatória para qualquer animal de estimação que vá ingressar na União Europeia. A vacina deve ser aplicada pelo menos 21 dias antes da viagem e o veterinário deve emitir um certificado de vacinação detalhado. A vacina contra a raiva deve ser válida no momento da entrada na Europa, então verifique o prazo de validade junto ao veterinário.

4. Exame de sorologia antirrábica

Para alguns países, é obrigatório que o animal passe por um exame de sorologia antirrábica (ou teste de anticorpos), realizado em laboratório credenciado. Esse exame deve ser feito pelo menos 30 dias após a vacinação e três meses antes da viagem, para garantir que o animal está adequadamente protegido contra a raiva. Alguns países da UE não exigem esse exame, então consulte as normas do país de destino para confirmar a necessidade.

5. Certificado Sanitário Internacional (CSI)

O Certificado Sanitário Internacional (CSI) é emitido por um veterinário oficial, autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Brasil. Este documento certifica que o pet está em boas condições de saúde e que cumpre todos os requisitos exigidos para entrar na União Europeia. O CSI tem validade de 10 dias a partir da data de emissão, então é importante coordenar o prazo com a data do voo.

6. Tratamento contra parasitas

Alguns países europeus exigem que o animal passe por tratamentos específicos contra parasitas, como vermes e tênias, dentro de um período antes da viagem. O veterinário deverá administrar o medicamento antiparasitário e registrar o procedimento, indicando o produto usado, a data e a dosagem. Por exemplo, o Reino Unido e a Irlanda exigem o tratamento antiparasitário até 120 horas antes da viagem.

7. Planejamento do transporte

O transporte do animal também exige cuidados específicos. Confira com a companhia aérea escolhida as regras para o transporte de pets, que variam conforme o peso, o tamanho do animal e as normas da empresa. Alguns pets podem viajar na cabine, enquanto outros, maiores, devem viajar no compartimento de carga.

Caixa de transporte: é obrigatória e deve atender aos padrões internacionais da IATA (International Air Transport Association), para garantir segurança e conforto ao pet. Ainda, verifique o tamanho exigido da companhia aérea escolhida.

8. Documentação extra para países específicos

Além das exigências padrão, alguns países europeus possuem regras adicionais para a entrada de animais. É importante verificar as exigências específicas com a embaixada ou o consulado do país de destino, pois podem existir regras adicionais de quarentena, exames ou tratamentos específicos. Ainda, aconselho a verificar com a companhia aérea se há alguma exigência quanto ao tamanho e peso da mala de transporte animal para não ser surpreendido negativamente na hora do embarque.

Em resumo, os documentos necessários são:

  • Microchip de identificação: instalado antes da vacinação antirrábica.

  • Certificado de vacinação contra a raiva: válido e emitido pelo veterinário.

  • Exame de sorologia antirrábica: se necessário, realizado com antecedência.

  • Certificado Sanitário Internacional (CSI): emitido por veterinário e autenticado pelo MAPA.

  • Comprovante de tratamentos antiparasitários: para alguns países.

  • Passaporte para animais (pet passport): opcional para países fora da Europa, mas essencial para trânsito dentro da UE.

Viajar com pets para a Europa é possível, mas requer planejamento e atenção aos detalhes. É importante iniciar o processo com pelo menos 4 meses de antecedência para garantir que todos os documentos e procedimentos estejam em ordem no momento da viagem.

Espero que tenha ajudado! Até o próximo post!

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